Tivemos uma caça ao tesouro com direito a pistas e tudo... e no final, ganhei o meu presente... este lindo quadro que mereceu uma lágrimazita no canto do olho, e um lugar de honra cá em casa....
Num dia que escolheram para ser o dia da mãe, penso em como será a minha vida com dois... e em como é importante levar o primeiro a conhecer aos poucos a que aí vem... as visitas ao obstectra são sempre uma aventura... especialmente quando o médico trata de forma tão especial uma criança de 6 anos, explicando-lhe coisas sobre as ecografias, descrevendo de forma natural o que se apresenta no pequeno ecran...
E não me arrependo, de nunca ter contado histórias mirabolantes de como nascem os bebés. É bom quando somos directos, porque o nascimento é um acto natural, e as crianças entendem melhor o que é natural... e na realidade, eles não precisam de grandes explicações sobre cortes na barriga que fazem o meu filho arrepiar-se, ou umbigos que de repente se abrem... ou cegonhas que os trazem de algum lugar mágico...
O meu filho sabe que o bebé é alimentado por um cordão, que o prende à mãe... que a dada altura o corpo de transforma, que o pipi se abre, que o bebé sai... e que ás vezes, é preciso fazer uma cesariana... e quando saímos do médico, estávamos felizes porque o médico respeita o meu filho, e respeita-me, e talvez por já me conhecer tão bem, me dispensou da ecografia do terceira trimestre (por iniciativa própria...);
Neste dia da maternidade estou feliz porque tenho a certeza que fiz as escolhas certas... e acima de tudo, sei que aprendi a encarar as pessoas que me ajudam a tomar conta dos meus filhos como pessoas que sabem o que estão a fazer, mas acima de tudo, que me deixam movimentar-me no espaço onde me sinto confortável... não tratando de mim como se eu fosse uma doente que precisa tomar um monte de comprimidos só porque está grávida.... que me respeitam quando digo não quero isto ou aquilo... que me ajudam a tomar escolhas informadas.
Neste dia da maternidade, peço ás mulheres que são mães, que tem sempre palpites para dar, que acham que isto ou aquilo é o mais certo, para relaxarem... independentemente de questões como amamentar ou não... usar ou não fraldas de pano, carregar o filho num trapo ou num carrinho XPTO... Cada mãe deve ser isso mesmo, MÃE... do seu filho, não do filho da amiga...
Não existem modos certos ou errados. Não podemos mudar o que os outros pensam. Não devemos mudar o que nós achamos certo só porque a maioria não concorda.
Só podemos fazer o nosso melhor. Na hora de cortarem o cordão umbilical... o nosso filho/a vai aprender aos poucos a ser alguém... e jamais será alguém, se não soubermos ser nós também a nossa própria pessoa!
Esse será o melhor presente.
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