segunda-feira, 29 de abril de 2019
Trocas e baldrocas - políticas de devolução.
29.4.19
No início do mês de fevereiro, terminei uma encomenda para um cliente.
A primeiríssima mochila para "homem", ainda que logicamente, querendo, qualquer um pode usar, uma ou outra mochila, sendo homem ou mulher e até já fiz igual para mulher.
Não é isso que está em causa.
Enviei a mochila, era linda, talvez um pouco pequena, mas adorava-a.
Algum tempo depois, disse-me que a tinha sujado com cerveja, perguntou como se lavava, e dias depois estava novamente feliz, ía leva-la a um passeio de bicla, semanas depois vinha a Portugal, regressou para de onde veio.
Há cerca de duas semanas, disse-me que de facto a mochila era pequena, e quis devolver.
Claro, fiquei chateada, reclamei, disse o que acho óbvio, para além do uso e do tempo, havia a questão da cerveja. E não. Não me parece lógico, digno, normal, que tanto tempo depois achassem que era aceitável eu vender aquela mochila (mesmo que tenha, como ele diz, uma história) seja a quem for.
E sim, já me devolveram peças, ou porque tinham pensado que era maior ou mais pequeno, ou porque mudaram de ideias, mas, logicamente que, tal como numa qualquer loja, existem limites.
E sim, fico aborrecida se não gostarem, que não sou a Rainha do Sabá, nem nenhuma princesa, nem perfeita, pelo que ás vezes também erro.
Tudo isto para falar que mesmo as pessoas fantásticas, as que dizem mil vezes que se preocupam em comprar produtos de qualidade, a pequenos produtores, e aquela lenga-lenga toda que eu escrevo sempre, também abusam quando acham que o facto de comprarem os põe num lugar especial onde abusar continua a ser possível.
E eu, que tenho o nariz arrebitado, continuo a querer exercer os meus direitos, porque não, os pequenos produtores, artistas, e essas coisas todas, não podem vender gato por lebre, mas, se não gostarem do gato ou da lebre,
é favor trocar em tempo útil e sem cheiro a cerveja.
Desamigarem, isso, já é com eles, que como dizia a Teresa: Não podemos ser amigos de toda a gente.
sábado, 27 de abril de 2019
27.4.19
Perdi o meu blog.
que susto!
Abandonei a minha casa, deixei de lhe dar atenção. As coisas mudaram, eu nem percebi, e, num instante, perdi-me, numa questão de tempo, muito, que pareceu pouco.
Quando quis voltar, eram os caminhos trocados, não deixei migalhas, andava em circulos, fiquei tonta, pedi ajuda, arrependi-me da ausência, culpei o facebook pela sua morte.
Sempre os mesmos humanos.
Há sempre um bode expiatório.
E agora, nem sei como foi: voltei.
Não me deixem perder de novo, prometem?
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