sexta-feira, 30 de junho de 2017

4 anos de Atelier

30.6.17


Faz hoje 4 anos que tenho estas chaves. Na época, não tinha este porta-chaves (ricardo rodrigues).
Faz hoje 4 anos que entro aqui todos os dias, e fecho-me, a por as ideias que tenho em prática, a criar peças, tantas que não sei quantas. E entre esse primeiro dia, já recebi aqui gente que adoro, que deixaram no ar oxcitocina que não cabe, que transborda pelas frestas das janelas... As portas rangem, o soalho é inclinado, mas há neste prédio, o Hotel Madrid, uma magia, uma energia ou sei lá, que me inspira.
Entre esse primeiro dia e hoje, escrevi aqui 2 livros, tenho 3 livros pensados para um dia qualquer, e pouco tempo para fazer tudo.
Acho que não correu mal, e tu?

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Defying gravity

26.6.17

Seja lá o que for que faças na vida, que não encaixe no comum, ainda que eu não saiba o que é "comum" (que hoje em dia sobreviver é já incomum), a sensação que eu tenho é que estamos a remar contra a maré. Se por um lado és audaz, quem disse que não é apenas medo? És corajosa ou tens apenas pavor de ficar sentada sem ideias ou recursos?
Estar como quero não é sequer um estado. Toda a gente sabe que essa coisa da felicidade nem existe, vemos isso a cada diz quando abrimos os olhos e depois desfolhamos um qualquer jornal. Hoje vou ser "famosa" 5 minutos e amanhã vou ter de correr para ter outra ideia qualquer ou...
Escrever livros não estava nos meus planos. 
Escrever livros é mesmo bom, quando eles estão nas prateleiras das livrarias, nas mãos das pessoas, quando estamos a dar autografos e a receber elogios, mas, o medo é que as pessoas podem não gostar, ele pode não chegar aos calcanhares do primeiro, podes ter dado um salto maior que a perna.
Escrever livros, fazer peças "de autor" ter um atelier, é, quase como desafiar a gravidade. E sim, o rush  que se sente é mesmo bom, por causa do medo, de te sentires parvinha quando vais a correr para ver o teu livro numa estante, numa fnac qualquer.
E autografos? Que tolice, no último fiz o disparate de me enganar no nome de uma das pessoas que eu mais gosto no mundo e chamei-a Patrícia, sabe deus porque!?
Mas não vou? Claro que vou.
É no dia 10 de Julho
Pelas 18:30
Na Fnac do Chiado
E sim, quero mesmo que todos estejam lá, pode ser tudo ao monte, de pé, ao encontrão, porque sem voces, não vale memso a pena saltar.
Mais, este livro que tenho na mão é para os meus queridos modelos autografarem. Sim, a Vânia, a Sara, a Maria Mar, a Maria João, a Alice, o Daniel, a Cristina, a Tânia, o Luís e o Romeu.
Sem voces este livro não seria tão bonito. 

quarta-feira, 14 de junho de 2017

A razão pela qual...

14.6.17

Eu não faço mais roupa de homem, é que eu penso que a roupa de homem ou fica perfeita, ou pode ir para o lixo. Um homem com uma roupa mal amanhada é tudo menos cool.
Assim sendo, tem de ficar perfeito.
Ora tenho o linho perfeito.
Tenhos os botões perfeitos. 
A tesoura perfeita.
Falta atinar com o molde.
Falta todo o resto.
Que te parece?

domingo, 11 de junho de 2017

Para ti, o meu novo livro #happybirthday

11.6.17

Um dia entraste no meu atelier e pediste-me para arranjar estas calças. 
Quando olhei para elas, pensei que não tinham salvação. Eu não gostava nada de "arranjar coisas". Gostava de fazer coisas de raíz. 
Mas tentei. Disse muitas asneiras, mesmo aquela que começa com F. E costurei, refilei, mas no fim, pelo menos ficaram novas.
Depois, trouxeste-me outras coisas para transformar. As calças do teu avô. Coisas especiais às quais querias dar outra vida. 
Penso que desde o dia das calças, fiz aqui um desvio de percurso. E para quem me segue o trabalho, e evidente que os meus valores mudaram. Criei peças mais afectuosas, mais humanas. Passei a preocupar-me mais com o ambiente, com as pessoas que fazem as roupas que visto. Em que condições as fazem? Quanta água se gasta a fazer uma t-shirt? Ganham um salário, essas pessoas, para comprarmos roupa barata de usar e deitar fora no ano seguinte?
E agora reciclo, faço upcycling, ganho a vida com isto. 
As pessoas, os amigos, as pessoas com quem lidamos, ensinam-nos coisas. Aprendemos delas. Aprendemos coisas de nós, que nem sabiamos tinhamos dentro. 
O Filipe Almeida Santos deu-me uma coisa chamada "gang da malha" e sem saber estava a dar-me um livro que eu escrevi chamado "A terapia do Tricot". 
Tu, pediste-me para te arranjar umas calças, deste o nome à minha nova marca, e, alguém achou que isso valia um livro. Sai so no dia 23 de Junho. 
Tambem disse muitas palavras começadas com F. Uma delas é que estou muito FELIZ. 
A Isa disse-me uma vez que tu foste o maior embaixador da Re-uZ, que mais divulgaste, que mais ajudaste, por isso, neste dia em que tu fazes anos, posso contar-te numa espécie de presente, que a primeira frase que escrevi neste livro foi:
"Para o Romeu".
#happyhappybirthdaymydearfriend.