terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Lembrar ou não esqueçer?

28.2.17


O facebook todos os dias me lembra as coisas que publiquei neste mesmo dia em anos passados. Tem uma certa graça, as memorias boas, as que não são, apenas doem.
Faz um ano e um dia terminei estas meias que sendo das mais simples que já fiz, são de certeza as mais bonitas. Não pelas meias em si, mas porque no dia em que as entreguei, vi emoção no rosto de alguem, isso é o verdadeiro agradecimento e paga de seja o que for que fazes com o teu tempo. 
É bom que possamos ter boas memorias do nosso tempo, porque elas são a única coisa que fica dele. 
É tambem bom saber que umas meias não servem apenas para aquecer os pés.
Ainda sobre as lembranças que o face nos traz, todos sabemos que as coisas boas, não precisam ser relembradas por um qualquer mecanisco virtual. 
As coisas que ficaram gravadas em nós não se esquecem. 
Ainda assim, gosto muito de ver e rever estas lembranças e fotos. Tambem servem para aquecer.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Coisas de Gaja

23.2.17
As gajas são complicadas. Tem neuras. Falam demais. Tem a mania que são engraçadinhas. Pensam demais. Comem coisas estranhas misturadas. Gostam de cafés curtos com chantilly. Gostam de ir a sítios onde já não é preciso perguntar o que querem. As gajas sabem o que querem, mesmo quando não parece. Tem dias. Riem de coisas parvas. Riem de coisas sérias. Sonham alto. Tem sonhos impróprios para idade. Escrevem livros. Pensam que escrevem livros, na realidade escrevem uma espécie de... Fazem tudo demais. Depois um dia sentam-se e fazem um vestido. Somos assim as gajas. Temos dias o tecido que que está ali à espera à uma data de tempo, combina na perfeição com as collants e as sapatilhas que alguém escolheu para elas, ainda sem saber que ficavam a matar. Que tal o meu vestido?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Bipolaridade ou a falta de inspiração?

22.2.17
Antes de ter assumido que era artista, e reparem que não sei se sou ou não, mas, na verdade tenho de me dar um nome qualquer, achava sempre que os artistas eram uns tipos estranhos. Tinham neuras, davam-se ao luxo de dizer coisas como "estou em processo criativo, não me chateies", e outras coisas mais que eu achava serem totalmente absurdas. Na realidade, eu nunca tinha sido "obrigada" a criar coisas novas todos os dias. E se as ideias surgem fácilmente, isso não significa que as ideias certas cheguem na hora certa. Agora por exemplo, tenho um livro para escrever. Talvez se nunca tivesse escrito nenhum, as ideias me fossem caíndo ou subindo (não sei para que lado são direccionadas as ideias. Talvez se eu nunca tivesse escrito um, não tivesse sobre a cabeça esta dura responsabilidade de chegar pelo menos onde chegou o outro. 3º lugar do top fnac. Não será fácil. Na semana passada, alguém me enviou um email a elogiar o meu trabalho, e acabei por trocar meia dúzia de ideias sobre esta coisa de ter neuras quando se cria, da falta de ideias, de não ser fácil. Deve ser o mesmo tipo de responsabilidade de um ator que consegue apenas um bom papel na vida e depois cai no esquecimento, ou de um músico que tem de igualar aquele HIT. No meu caso confesso que me inspiro numa fonte, e a fonte da inspiração não está cá para vir opinar, dizer olha que este projeto está bom, e ás vezes preciso de uma espécie de brainstorming, porque afinal, a opinião dos outros conta. Pode não contar a para uma vida privada, se gostam de mim ou não, se sou bonita ou feia, se escrevo bons posts no facebook ou tiro fotos giras, mas, se vais viver disso, não podemos dizer, Ah, estou a lixar-me para a opinião dos outros. Tal como disse este meu colega, com quem falei, a ideia é agradar ao outro, para nos preenchermos. Não sei porque estou a escrever isto, é certamente mais para mim do que para vós, uma espécie de egoísmo e incerteza, que calha a todos acho, espero. Amanhã a inspiração bate-me ou vou ter de escrever sem ela, mas, no hotel Madrid, nem todos os dias são de Artista.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Paragens

20.2.17

Às vezes sinto que estou a lutar contra a criatividade e contra o tempo, que parece ser, neste momento, a vários níveis, o meu pior inimigo. 
Conhecendo-me, sei que no final vou ficar feliz. As colaborações acho merecem, vocês acho merecem e eu, mereço que no final isto seja um bom trabalho. 
Fazer muitas coisas ao mesmo tempo é algo que o tempo, parece não gostar.