segunda-feira, 25 de março de 2013

a DOULA

25.3.13
a DOULA...
Já terei falado nisto vezes demais? Ou será que não há vezes demais para se falar em coisas que as pessoas ainda parecem não querer entender?
O que é uma doula, as pessoas parecem saber. Mesmo? O que a doula faz e não faz... Ainda apanho aquele riso parado quando as pessoas são surpreendidas por esta espécie de "loucura"? Vocalizam um ah, que engraçado e eu fico logo a saber que, claro.... Coisas da Zelia!
As doulas não são mulheres que fazem os partos em casa! Tenho de dizer mil vezes... As doulas não são mulheres que fazem partos em casa. São mulheres que acompanham mulheres que vão ter um bebé... As doulas são mulheres que acompanham mulheres que vão ter um bebé... Acompanhar é caminhar lado a lado de mão dada, aceitando cada mulher como diferente dela mesma e de qualquer outra. Não somos "bruxas". Não pertencemos a uma "seita".
Ha doulas de todos os credos, porque num parto, que não seja nosso, não é o nosso credo que conta.
Não dizemos faz assim ou faz assado. Perguntamos, como queres tu fazer. Não dizemos tem o teu filho em casa, na rua, na floresta, no hospital ou em clinica privada. perguntamos, onde vais ter o teu filho?
A palavra "doula" vem do grego e significa "mulher que serve". E pode até parecer uma coisa inferior, servir alguem... Se o entendermos assim, porque é isso que fazemos. Somos o que esta mulher precisa para ter o seu parto feliz... Somos um copo de água, uma mão amiga, uma toalha que passa no rosto, mais uns olhos para chorarem e outra boca para rir... Uns braços e pernas para dançarem com ela... Mas acima de tudo, uma voz, a dela, que fala alto, e diz, vez após vez, ate que acredite "tu es capaz de fazer isto...".
As doulas não são nem querem ser enfermeiras ou parteiras... Não fazem actos médicos, não levam as pessoas a fazer o que elas fariam. São apenas ajudadoras... ajudadoras que quando gravidas, tambem precisam de uma voz que lhe diga EU SOU CAPAZ!... As doulas são mulheres que servem. Que servem para ser doulas, assim, sem se imporem, sem quererem liderar, convencer, parir em determinado lugar de uma ou outra forma... Ou então... Não são doulas... São outra coisa qualquer.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Spring

20.3.13
Spring...
Chegou a primavera e o Sol brilhou.
Faço chapéus para pessoas que passaram por momentos difíceis... Chapéus para o sol... Mas, acima de tudo, para o Sol que Brilha dentro delas!

terça-feira, 12 de março de 2013

My precious

12.3.13
My precious... São grandes demais para mim mas não resisti a tirar-lhes uma foto logo que um raio de sol deu sinal.
Foram feitas de lã noro, taiyo, que rima com raio e o raio da lã é mesmo bonita... E espero eu, vão assentar que nem "luvas" nas pés do seu dono.
Já fiz muitas meias de homem, mas, fazer umas meias para um homem que escolhe estas cores... Bem... Dá mesmo gozo... E mais gozo deu, que ao experimentar pela primeira vez este fio de algodão, fazer um cast ON que fazia música... Ora nem a propósito.
Eu não ganho nada com esta coisa de estar sempre a gabar a noro... Mas vocês ganham se me ouvirem... Porque calçar nos pés o que é bom.... Vale a pena... E a , para mim continua a ser uma obsessão.... E tal anel da trilogia do outro, continuara ate encontrar melhor, a ser my precious....

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Dona de casa pindérica!

18.2.13
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As pessoas que me rodeiam parecem estar sob a sensação que eu passo os meus dias em casa sem fazer nada... Estava por isso a pensar adoptar o estilo de dona de casa pindérica... Que acham? Acham que me assenta bem?

Ok, faltam os rolos... Mas acho que preciso de deixar crescer mais o cabelo.... Ah, sim, e rímel, esborratado. Acho que "talvez" tenha tempo para me pintar de manhã....

(A trabalhar na colecção primavera/verão, ah, pois é!)

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Viver sem tacto MATA (sobre o facebook)

17.2.13
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Tenho 808 amigos no facebook. Ontém, tinha 809.
Eu sei, é um absurdo, mas, a não ser que suspeite da pessoa, aceito o seu pedido, dando-lhe sempre a beneficio da duvida...
O facebook é uma coisa estranha... Primeiro aceitei os amigos, depois os conhecidos... Depois há os conhecidos dos amigos, enfim... É uma bolo de neve.
E sim, passo muito tempo no facebook, não que esteja horas a fio a "olhar" para a aplicação, mas mais porque aquilo que eu faço em casa, permite-me, usar o facebook como uma espécie de escape de "dona de casa, quarentona que passa o dia agarrada a uma máquina da costura".
Ela, a máquina, é a minha melhor amiga, mas não responde quando reclamo da vida... Normalmente encrava.
Podia falar com as paredes.... Com as portas... Com os botões... Mas falar com o facebook é para mim divertido e por vezes ele é, o meu saco de box.
E as vezes, bastantes até, alguém responde, e rio... E outras vezes, quando estou mesmo em baixo, alguém "do outro lado" diz, bora lá beber um café... E aí saio para a rua... E bebo um café com alguém de carne e osso, que me dá um abraço... E isso é... BOM!
Ontém tinha 809 amigos no facebook (nem costumo contar, mas ontem lá tive curiosidade e fui ver), mas ontem, um desses 809, uma, deixou um comentário no meu mural a dizer que eu a destratava, que não lhe dava importância.... E... Caramba, era mesmo verdade.
Depois, como fiquei tão chocada com o modo como ela me abordou, trocamos umas mensagens. E, eram acusações absurdas de alguém que eu nem conheço pessoalmente. Que comenta os meus posts, que me trata por "amiga" mas que não tem rosto, que eu não conheço, que não sei quem é, e sei só agora, que é alguém triste, que obviamente não tem um amigo verdadeiro de pele e osso para a ouvir e anda desesperadamente em busca de atenção.
De repente, tenho nos meus ombros essa culpa, de nao ter feito "likes", de não ter lido no seu mural que estava em baixo...
Os "amigos" do facebook são mais que as mães, e sim, é verdade que não vou ver o mural de todos, e que lido com o facebook dum modo meio egoísta.
Os comentários que eu faço são o meu eu interior a deitar cá para fora palavras... E eu nunca pensei que quando fazes isso, existe alguém que fica com a estranha ideia que estás a fazer-lhe uma espécie de companhia.
Eu só faço likes quando gosto mesmo, não faço likes em páginas ou posts porque dá jeito a alguém... Apago quase todos as coisas que me colocam no mural, porque eu gosto de colar as coisas no meu próprio mural. E a verdade é que, na verdade, tal como eu disse a esta pessoa #809, "desculpa, mas nós não somos amigas!"
Estas 808 não são minhas amigas. Nem quero que sejam. E, claro, algumas delas, serão minha família, irmãos ou primos, tios, alguns serão, de facto AMIGOS, uns conhecidos, uns vagamente conhecidos, alguns caras que passam por mim na rua... Mas as amizades, as puras e verdadeiras, salvo raras excepções, tem de ser gente de pele e osso.
Se tu, e quando digo tu, digo esta mulher, 809, não tens um amigo de pele e osso para abraçar precisas arranjar um, e não sou eu.
Talvez eu seja uma egoísta qualquer, mas eu já tenho amigos, amigos com quem devia beber mais cafés, convidar para jantar, para beber um copo, ou simplesmente para sentar e dizer absolutamente NADA. Estar assim no silencio.
E que bom que eu, apesar de talvez parecer não ter, que bom que tenho essa pessoa.
E eu não estou a falar da irmã, da mãe, do marido.... Estou a dizer que toda a gente precisa de ter alguém fora de casa, para quem correr em caso de emergência, naqueles dias em que não sabes o que fazer à vida, para o teu nome não aparecer um dia num jornal qualquer em forma de artigo anti facebook.
O facebook é um lugar perigoso para arranjar amantes e amigos estranhos, mas isso também se pode fazer na fila do supermercado ou até no balcão do café onde vais todos os dias.
O facebook é um lugar fantástico para comunicares com montes de gente, 808 gentes, mas bom mesmo, é podes telefonar e dizer, Hei, hoje preciso mesmo que me dês a mão.
E ao dares a mão, na palma da mão, tens milhares de receptores impregnados na pele, que te vão ajudar a ficar sã. A saberes que fazes cá falta. Que ha loucura da boa!
Amigos sem tacto, são amigos, mas amigos com pele são melhores amigos.

No outro dia, alguém colocou um post a perguntar "dos 5 sentidos, qual achas que conseguirias viver SEM"... e as pessoas comentavam, visão, audição.... Mas na realidade, o único sentido sem o qual ninguém consegue viver é o TACTO.
O tacto é o primeiro sentido a ser apurado, dentro do ventre da mãe... E, o ultimo a esvanecer, mesmo antes do teu ultimo sopro de vida.
E que não venha esse ultimo sopro, antes que tenhas alguém para te segurar na mão, quando já não ouvires, veres, provares, ou cheirares... Porque acaso não te tenhas apercebido:
Viver sem TACTO, MATA!


(Na foto acima, eu e uma irmã que adotei.... E que conheci no mundo cybernautico)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

8

13.2.13
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No final do dia, ao telefone com alguém que Mora longe:

A pessoa: então, muitos presentes?
ele com um grande riso: não.
A pessoa: nao recebestes muitos presentes?
ele com um grande sorriso no rosto: não recebi poucos.
a pessoa: deixa lá... Blabla lengalenga sobre quando os teus pais tiverem dinheiro...
Ele com um grande sorriso no rosto: poucos, mas BONS!
A pessoa do lado de lá: pois, mas depois vais ganhar mais presentes!
Ele com um grande sorriso no rosto: MAS HEI! NÃO QUERES SABER COMO FOI O MEU DIA? O meu dia foi assim espectacular....

Os adultos deviam valorizar menos os presentes!

Nota da foto: mãe vou fazer o oito em linguagem gestual, boa?

sábado, 9 de fevereiro de 2013

You just don't want to take it off...

9.2.13


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Faz-se um cast on com 84 malhas numas agulhas de 2 pontas n.5
(A lã é a kureyon 308 que mencionei no post anterior e que comprei na Retrosaria...) e usando a técnica que a Rosa usou aqui
Fiz o cós com 18 carreiras, duas meia, duas liga. Gosto do cós alto, acho que assenta melhor, seja em que peça for...
E o resto do gorro, tricotei em meia, fi-lo bem alto, para pender.
Quando achei que estava suficientemente alto, usei a técnica bem portuguesa da biqueira de meia, (once a sock knitter, always a sock knitter), que consiste em dividir as malhas pelas 4 agulhas (neste caso 21 em cada)... E matar sempre a ultima malha de cada algulha, passando-a depois para a agulha seguinte (essa malha, no entanto, não é para tricotar).
Quando já só restam 8 malhas no total, remata-se o gorro, cortando o fio e passando-o com uma agulha de coser, pelas malhas.

Nunca tinha entendido essa coisa de se usarem gorros com qualquer roupa e independentemente da estação do ano, como agora...
E se bem que na minha idade "talvez" não fique bem tirar close ups, muito menos com a gripe que tenho, é bem certo que ninguém vai ver as rugas quando se usa um gorro em noro....