quarta-feira, 17 de junho de 2015

4! Viva tu!

17.6.15
Há 4 anos e 9 meses começou esta aventura chamada Alice. E sim, é claro que todas as mães ficam felizes nos aniversários das suas filhas ou filhos, mas, este não é um POST sobre isso.
Este é um post sobre outras coisas.
Eu nunca pensei em ser mãe antes. Antes de decidir aos 34 anos que ia tentar. E aos 35 tive o primeiro. Diziam que era tarde. 
Quando engravidei aos 42, já não diziam que era tarde. Diziam que era uma loucura. Que eu seria não mãe, mas avó. As vezes ao invés de darem os parabéns perguntavam se eu já tinha a certeza que ela não era deficiente, entre outras coisas que fazem abanar qualquer segurança.
Na segunda ecografia, o médico informou-me que o rastreio indicava 80 e muitos por cento de probalidade dela ser deficiente. E sim, foi um dia louco, um dia de chorar, um dia de gritar ao médico e à amiga e aí a minha vida. Até que de repente parei para me lembrar que o rastreio é apenas uma estatística. E depois disse que não faria mais exames nem arriscaria a vida de um bebê. E foi nesse dia, nesse dia que começou verdadeiramente a aventura.
Todos os bebês são uma surpresa. Todos são uma loucura. Se não fossemos todos loucos, ninguém nos dias de hoje engravidaria, teria filhos. A vida é, toda ela frágil. Até ao dia do nascimento, ninguém sabe o que pode acontecer. Depois do dia do nascimento, só uma coisa é verdadeiramente certa, para mim, para ti. 
Não vamos viver porque não sabemos o dia de amanhã?
Muitas mulheres me perguntam como foi, ser mãe aos 42. Algumas têm medo de arriscar. Mas, ser mãe aos 40 e... Ê como ser mãe noutra idade qualquer, não tive nem mais nem menos paciência, tive sim, mais tranquilidade. Mais certeza, menos ralar-me com tudo o que as pessoas dizem sobre o teu modo de criar o teu filho. Ser mãe ou ser pai, não tem uma idade certa. 
Hoje é o dia dela. Hoje ela faz 4 anos. Nasceu de um parto sem dor, de um parto tranquilo, de olho aberto, duma mãe informada,  nasceu uma filha acordada sem choro. E sim, eu tinha já idade para ser a avó dela, aos 42 anos. Mas não sou. Não sou a avó dela, sou a mãe. E não vou dizer que não sou louca, mas ser louca tem dias, é mesmo bom
E ela? Olha para ela, tu que tiveste tanto medo. Não fosse perfeita, seria.
Viva Tu Alice, viva TU!

4 comentários:

  1. Parabéns pelos 4 anos da Alice, pela coragem, por acreditar na sua intuição, a vida vale sempre a pena! Vivam a Zélia e a Alice, um dia muito muito feliz :-)

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  2. Fantástico Zélia! Eu também fui mãe a última vez com 40 e foi das melhores coisas que nos podia ter acontecido. Mais tranquilidade, mais certezas, mais tudo. E sobretudo o saber que foi a última faz-nos viver a todos (a nós e aos irmãos) cada dia de uma forma diferente.
    Muitos Parabéns (de novo) e bjn.

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  3. Estatísticas valem o que valem certo é que podias ter-te agarrado aos 80% mas fizeste-o aos 20% bem haja pela calma tranquilidade e pela Alice que tanto quanto percebo tem um QI grande qb.

    Parabéns as vós.

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  4. Obrigada Zélia e parabéns às duas.
    Não nos conhecemos mas hoje acrescentaste mais um grão à esperança de um dia ser mãe também.

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