terça-feira, 5 de junho de 2012

pillow talk

5.6.12


a vida são voltas e voltas,
sem parar...
e depois os altos e baixos...
e crochetar... terminei ontém à noite esta almofada!

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life is in circles...
non stop...
and then there's the ups and the downs!
and there's crochet... i finished this pillow yesterday!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

mães

4.6.12

No Sábado ouvi uma mulher que acabou de ter um filho dizer que fazia tudo automaticamente, sempre com a ideia de fazer tudo muito rápido, o banho, a fralda, as mamadas.. com o único objectivo de adormecer a criança, para depois poder finalmente tambem dormir. Que nem brincava com ela. E que tinha de ir para casa. Não voltaria tão depressa a tirar a bebé de 3 semanas de casa, porque tinha corrido mal a primeira.

As pessoas à volta dela, profissionais, davam conselhos. E ela continuava naquele registo vazio, como quem não sabe viver agora que o bebé, supostamente o prémio de nove meses de gravidez, saiu de dentro.

O bebé real versus o bebé imaginário.

Pensar que quando nos nasce um bebé, a vida vai ser bela, e constatar depois que ele não é, ou melhor, a vida com ele, não é simplesmente um bebé a dormir num berço tranquilo, que amamentar não é algo que instintivamente sabemos fazer que a vida vira ao contrário... que todos menos nós sabemos o que fazer com ele, como fazer e a que horas.... ouvi perguntas de mães como: até que idade amamentar, assim como ouço noutros dias, perguntar coisas como essas...

As pessoas pensam que existe um manual de instruções sobre como tratar o bebé... preocupamo-nos todas com as coisas que temos de comprar, a decoração do quarto... depois a opinião das amigas, da familia...

Ter um filho devia ser uma coisa simples...

E pode ser, se simplesmente tivermos coragem de de manhã, acordar, esquecer que temos a lida da casa para fazer, lembrarmo-nos que é permitido que o pai da criança ajude.... sairmos para a rua, bebermos café com as amigas, mostrar ao mundo o nosso bebé... como ele é perfeito, mesmo que chore de noite, que amamentar seja dificil para nós, que a falta de curvas seja demais para nós... a feminilidade esteja aparentemente apagada.

Nada no mundo é mais feminino que ter um filho.

Como ouvi uma vez a minha amiga Teresa David dizer, nada torna uma mulher mais bonita, do que as feias marcas de uma mulher mãe.

Milhares de mulheres não conseguem, não podem esse milagre.

Ser mãe não é fácil.

E eu costumo falar aqui coisas bonitas sobre amamentar, sobre parir, como foi fácil para mim.

Mas todas as pessoas tem as suas dificuldades. Até eu que sou doula.

E por isso, termino este post a dizer, acho que nunca o disse: quando amamentei a minha filha, as primeiras vezes, no hospital... a dor (o que chamam dores tortas) era tal, que eu chorava. E eu queria mesmo amamentar, é nisso que acredito. Se não acreditasse, teria sido tão fácil simplesmente chamar a enfermeira. As outras mulheres do meu quarto perguntavam o que se passava, e eu simplesmente dizia: que não me tinha doido o parto, mas que estas dores que tinha, eram como as que tive quando pari a primeira vez. Não, piores!

A maternidade é doce e amarga...

A maternidade é única.

Não sou mais nem melhor que qualquer outra mulher. Faço as minhas opções, tal qual como qualquer uma de vós!







quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Sr. Carteiro...

31.5.12


quem me conhece do Facebook, sabe que passo a vida à espera do carteiro. Faço disso piada, mas fico chateada se abro a caixa do correio e não está lá nada... não chateada, ligeiramente desiludida, como quando acabam as bolachas... Brinco. Chamo ao carteiro Aurélio, mas na realidade o carteiro nem se chama isso, há um carteiro que se chama Aurélio, mas há o Zé Luis, o Duarte, o Groba e o Grobinha, o Paulinho.... muitos... moro numa cidade pequena, e sei que na maior parte dos lugares, passamos pelo carteiro muitas vezes na rua e é um homem qualquer de farda e sem rosto.. Ontem fui aos correios reclamar porque estou certa que não passa o carteiro na minha rua há alguns dias. E é impossivel que eu não tenha correio, mesmo que sejam só contas... mas ter correio, todos os dias, é um direito meu. O correio, fica acumulado na estação, e eu sei que é porque não há carteiros suficientes. É redução de custos e todas essas coisas que o bláblá do noticiário nos diz todos os dias. E fico triste. E eu gosto muito da internet e de email... só acho que é simplesmente triste que um serviço que imagino eu, levou anos a conquistar a confiança das pessoas, e que as pessoas tinham todos os dias, de repente comece a ser uma coisa rara de dia sim dia não... Já ninguém manda cartas, só eu. >Sou uma romântica... aquela velha ideia do Express mail dos filmes de cowboys... ver homens a atravessar lugares desertos a fazer estafeta com uma missiva que era entregue o mais rápido possivel... mulheres que ficavam em casa a espera de notícias do companheiro, longe na guerra... namorar por carta... receber um postal duma amiga... depois o correio azul... mais rápido que uma simples carta... o tempo antes do email... sim, sou de antes desse tempo... o carteiro, qualquer dia não há! E a esse homem, breve breve esquecido, ninguém liga.. não lhe dão os devidos bons dias na rua... já não se lhe levanta o chapéu! >Se o homem a cavalo, homem não, SENHOR, ía ao frio e vento e chuva e calor, e sofria... abriu caminho a uma profissão a quem ninguém liga nenhuma mas que durante anos foi e ainda é, útil, importante e romantica... É esse mesmo homem, homem não, SENHOR, o Sr Carteiro, que ou vai de bicicleta ou a pé a empurrar um trolly, ou de sacola a tira-colo... á chuva ao vento, ao frio, ao calor... vai carregado, porque tem menos colegas e tem de dar mais voltas... e ao que parece, ás vezes, não consegue chegar a todo o lado, muito menos a tempo! Já lá vai o seu tempo? E é por isto, que eu gosto de correio, e do Sr Carteiro, chame-se ele como chamar! Não uso chapéu, mas levanto-lhe o meu “chapéu”, com esta carta!

terça-feira, 29 de maio de 2012

And the winner is....

29.5.12
56 comentários e algum tempo de atraso... Venho aqui hoje mostrar que quem ganhou o sorteio foi o comentário 16, que pertence à Cal do blog "baby Amália".... Fico a aguardar uma morada... Pará que siga rapidamente pelo correio. Obrigada a todos os que participaram e a todos que vem visitar esta minha casa...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

presentes... presents...

25.5.12


ontém recebi este presente.... um dos mais bonitos que já recebi alguma vez...

yesterday i received this present, one of the most beautiful i've ever received...


é um "beijinho" das Caldas... e se este não se pode comer, não é por isso que é menos doce...
and although you can't eat this one, it is still soooo sweet....


vou carregá-lo comigo mesmo nos dias em que não anda ao peito... e não porque é peça de autor
ou porque é bonito, doce, guloso...
mas porque quem me deu este lindo presente deu-me antes dele, tantas coisas que não custam dinheiro, e é tantas vezes mais bonita que este pequeno beijinho... que jamais conseguiria
explicar-vos!

Ainda assim, este beijinho merece também a vossa atenção... por isso, vão espreitar os mini designers, que de mini não tem nada, e não se vão arrepender!

i will carry it with me even in days i don't wear it on my bossom... and not because it's an authors piece, ou because it's pretty, sweet, desirable...
but because the person who gave it to me, is so much more beautiful then this small object... that i could never explain to you...

Still, this "kiss"/beijinho deserves some atention from you, so go check out the "mini designers" they are not mini at all, and you won't regret it!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

favos/flowers

22.5.12

O mês passado tive de ir ao tribunal (aqueles assuntos que duram anos e nunca mais ninguém resolve) e encontrei uma senhora, irmã da minha Tia D., que eu já não via há muito tempo.

Olhei para ela e disse-lhe: lembro-me de a visitar no hospital, naquela altura em que partiu o joelho! Estava a fazer uma mantinha azul, com favos... estou farta de tentar fazer isso, e já não sou capaz!

Ela olhou para mim espantada, e disse-me que não se lembra de eu ter estado lá, mas que isso já tinha sido em 1976.

Em 1976 eu tinha 7 anos!

Mas eu lembro-me tão bem, que cheguei a casa e fiz aqueles favos.

A D. Irene (chama-se Irene, esta senhora) disse-me também que tinha feito três mantas destas, não sabia como se chamavam, mas que me ía ensinar de novo, como se fazem.

E esta manhã deixou esta pequena amostra, exactamente como a vêem, com a agulha enfiada assim e tudo!

Agora vou tentar! Se o fiz aos 7, aos quase 43 não deve ser difícil!


Last month i had to go to court (those never ending stories that had to come to an end) and i met someone, my aunts sister, whom i haden't seen for a long time.

I looked at her and said: i remember visiting you at the hospital, when you brole your knee! You were making a beautiful blanket, with "flowers"... i keep trying, but can't seem to remember how they're made!

She was amazed and said she didn't remember me then, but that is was back in 1976.

In 1976 i was 7!

But i do remember quite well, i went home and made the flowers.

Irene (that's her name) told me she made three of these "blankets", and didn't know the name of the tecnique, and she would teach me again how they were done.

This morning she left this sample at my mom's house, exactly how you see it, with the needle and all!

Now i will try again. If i did this at 7, at almost 43, it shouldn't be hard!