Se eu vos contasse ás coisas que me agarro nos meus dias, para manter a sanidade mental, este blog seria censurado!
Por mais limpos que sejam os blogues, as ideias dos outros sobre quem mantém blogues, as ideias que nós próprios temos de nós antes e depois de nos olharmos ao espelho, e termos a perfeita noção que a loucura está sempre tão, mas tão perto.
Este ano tive a boa companhia de alguém que me ajudou a não usar todo o meu tempo a carregar num pedal duma máquina de costura. E vou sentir a sua falta, mas...
que me disse uma vez, quando achei que as pessoas não valiam a pena, que eu não podia perder a esperança nelas.
As pessoas ausentam-se, e nem sempre, mas muitas vezes há uma razão para isso. Chama-se ela VIDA. Life´s a Bitch, e isso é dos poucos dados que tenho como adquiridos.
Ao contrário do que normalmente me acontece, que passo quase todo o dia a dizer nonsense e a falar com quase 900 pessoas das quais mais de metade nem sei quem são... não tenho nada para dizer de engraçado. Eu posso dizer mil coisas estapafurdias sobre as minhas desgraças (que na realidade não são assim tão más, comparadas com as desgraças de outros), mas quando chego à conclusão que não há nada que eu possa fazer ou dizer que possa fazer esta pessoa sentir-se bem, morro um pouco.
Então, porque a ideia de sentar e beber um chá com um amigo (mesmo que eu seja mulher de café) sempre foi sinónimo de sentar e disfrutar de alguém... (tu sabes Sofia, não é?) de fazer companhia a alguém... e eu não posso sentar-me com esta pessoa neste momento, ou sequer fazer-lhe companhia... sentei-me e fiz saquinhos e mais saquinhos de chá... ao todo somam 32 e fi-los ontem numa espécie de desespero do não poder fazer nada!
O nome surgiu da urgência desse chá com este amigo (e da falta que me fazes tu Sofia), e porque tenho de dar sempre um ar da minha graça!
E agora, vou enviá-los, para chegarem no dia do meu aniversário, numa também espécie de corrente meio pindérica, mas que vai enviar pelo mundo fora um pouco do meu pensamento e das minhas orações de que
"donde estuvo un infierno alcemos un paraíso"...
porque não posso fazer nada, mas tenho de fazer alguma coisa.
Portanto, para quem ler isto, e receber isto em sua casa, devo gostar um bocadinho de ti.
Este ano para o meu aniversário, não quero nada. Mas quero só que alguém lá em cima me ouça!